Águas Mídia Livre - Brasil - Bem comum em mídia livre
Colaborando com esforços humanitários em ambientes virtuais, estamos atualizando nosso ambiente de recepção de informações e denúncias de crimes e destratos com as águas e a Natureza.
Nosso sistema foi implementado como uma ferramenta segura para relatar violações de Direitos Humanos e Direitos da Natureza, onde aprendemos com a experiência de diferentes organizações.
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Conflito e pedido de socorro comunitário ante a implantação de um aterro no Bairro Jardim Regina, em Pindamonhangaba, interior do Estado de São Paulo e Vale do Paraíba.
Os moradores solicitam reavaliação, com laudo comprobatório, sobre impactos ambientais e sociais gerados pelo aterro sanitário na comunidade.
O local da instalação do aterro tem a distância de apenas 1,5 km da área de reserva ambiental, área de várzea onde abriga os quatro munícipios de Roseira, Pindamonhangaba, Taubaté e Lagoinha.
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As previsões de inundações podem fornecer informações críticas para ajudar as pessoas a se anteciparem ao aumento dos níveis de água antes que uma crise se desenrole.
O evento que ocorreu no dia 03 de março de 2022, Flood Forecasting for Anticipatory Action, foi organizado pelo OCHA Center for Humanitarian Data e reuniu especialistas e profissionais do Google, da University of Reading e do Red Cross Red Crescent Climate Centre em apresentações sobre modelos preditivos.
Os palestrantes exploraram diferentes modelos de inundação, além de usos da escala espacial e temporal em diálogos sobre como esses modelos podem fornecer informações de riscos extremos.
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Este dia 05 de novembro de 2021 marcou o 6º ano de um dos maiores crimes socioambientais realizados no Brasil contemporâneo.
Data marcante para as comunidades de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, entre tantas outras atingidas pela destruição de lama e rejeitos até a Foz do Rio Doce, em Regência-ES.
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Já estão abertas as inscrições para o 5º Tribunal Internacional dos Direitos da Natureza, que acontecerá em Glasgow (Escócia), paralelamente à Conferência entre as Partes Nº 26 a COP26.
A participação pode ser presencial, mas já que você também faz parte do planeta, algumas atividades criam condições pra gente acompanhar de alguma forma digital, sem ter que ir para a Escócia.
O Quinto Tribunal Internacional dos Direitos da Natureza ouvirá dois dos casos ecológicos mais fundamentais que o mundo enfrenta hoje: as Falsas Soluções para a crise das Mudanças Climáticas e a Amazônia, uma entidade viva ameaçada e que merece o reconhecimento de seus Direitos.
O ponto triste é que existe muitos outros casos ↗, o total é de 21 abertos nos seguintes temas: Amazonas, Petróleo, Mineração, Poluição, Fracking, Geleira e Represas.
Ainda está tudo em inglês, por isso coletamos e traduzimos os principais temas e as informações básicas dos 2 Casos que serão ouvidos no 5º Tribunal.
Tem também os links que você precisa para fazer sua inscrição.
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Um pedido de SOS em Jundiaí, SP
A empresa VOA-SP, concessionária do Aeroporto Comandante Rolim Amaro, na cidade de Jundiaí/SP, iniciou suas obras de ampliação e expansão, ameaçando com a destruição da Unidade de Fauna da Associação Mata Ciliar
Em ato agressivo, desmontaram parte da proteção da unidade de reabilitação, que abriga diversos animais entre felinos, pássaros, répteis e outros.
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O Janeiro Marrom é uma campanha para lembrar o crime da Vale em Brumadinho
Deseja também alertar sobre a mineração que mata e assombra pessoas, destrói comunidades e biomas, vidas, fauna, flora, paisagem, qualidade do ar e solo, nascentes, aquíferos e rios e, de forma implacável, avança sobre territórios inviabilizando outras formas de viver, viola direitos e faz uso das mais diversas estratégias para deixar a população refém.
Ao mesmo tempo que enfrentam a pandemia, as comunidades e organizações socioambientais acompanham uma série de processos questionáveis quanto aos cuidados com a regularidade e honestidade entre os responsáveis pelo crime.
Segundo um abaixo-assinado virtual lançado em 15 de janeiro, a VALE e a TUV SUD cometeram um crime de alta magnitude e crueldade, mas que tem muito mais responsáveis nas esferas municipal, estadual e federal, sejam eles agentes públicos, instituições, especialistas de diversos campos (inclusive científicos) e consultorias que arquitetam (e executam) todo um mecanismo em prol do lucro.
O movimento exige a responsabilização de todos os envolvidos.
Veja e assine a petição online BRUMADINHO (Minas Gerais/Brasil) – 2 ANOS do CRIME DA VALE QUE CONTINUA ↗
No dia 18/12/2020, a Vale assassinou mais um trabalhador que foi soterrado, desta vez na cava da mina Córrego do Feijão, onde estão sendo colocados os rejeitos do rompimento em 2019.
O Tempo on Twitter: “O Corpo de Bombeiros atende uma vítima de soterramento na mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte, nesta sexta-feira (18). O local é onde a barragem da Vale rompeu e deixou 259 mortos e 11 desaparecidos em 25 de janeiro de 2019. pic.twitter.com/eyCtfCjBcs / Twitter” ↗
O Corpo de Bombeiros atende uma vítima de soterramento na mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte, nesta sexta-feira (18). O local é onde a barragem da Vale rompeu e deixou 259 mortos e 11 desaparecidos em 25 de janeiro de 2019. pic.twitter.com/eyCtfCjBcs
O local é onde a barragem da Vale rompeu. deixando 259 mortos e 11 desaparecidos em 25 de janeiro de 2019
Um momento importante do Janeiro Marrom tem sido a Romaria Regional, organizada por comunidades de fé que são convidadas a participar de momento de oração e partilha no horizonte da promoção da ecologia integral e em solidariedade às vítimas de Brumadinho.
Veja como foi organizada a I Romaria no site da Cáritas MG ↗
Este ano, devido à pandemia, a II Romaria Regional será realizada em formato prioritariamente virtual, com uma programação que envolverá desde vídeo-cartas até roteiros celebrativos e saraus pastorais.
18 a 25 de janeiro – 2ª Romaria Regional pela Ecologia Integral a Brumadinho/2021: confira a programação e participe! – Arquidiocese de BH ↗
“Somos todos irmãos Ninguém solta a mão de ninguém Unidos num só coração Assim seja, amém” (Dom Vicente Ferreira) O verso, da canção que inspira a 2ª Romaria Regional pela Ecologia Integral a Brumadinho, é de autoria do bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte dom Vicente Ferreira, responsável pela Região Episcopal Nossa Senhora do …
Além disso, no dia 25 de janeiro, dia do tragédia-crime, será realizada uma celebração no Córrego do Feijão, transmitida em tempo real pela página da RENSER no Facebook ↗.
O Coletivo Janeiro Marrom está aberto para contribuições de muitas formas.
Podem solicitar adesão organizações, movimentos, coletivos e blogs, de qualquer área de atuação, desde que tenham posicionamento crítico em relação à atividade minerária, não possuam ligação com empresas da área da mineração e aliados, e não tenham conflitos de interesses.
Empresas privadas não poderão aderir à campanha.
Saiba mais acessando o site https://janeiromarrom.com.br ↗ ou acompanhando no instagram ↗
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Navegando descobri um filme antigo já, de 8 anos atrás, esclarecedor.
O filme explica muito as questões críticas dos genocídios que sofrem os povos originários, intensificadas hoje em dia, não só no Mato Grosso do Sul.
Aviso: com certeza te deixará triste
Na região Sul do Mato Grosso do Sul, fronteira com Paraguai, o povo indígena com a maior população no Brasil trava, quase silenciosamente, uma luta desigual pela reconquista de seu território.
Expulsos pelo contínuo processo de colonização, mais de 40 mil Guarani Kaiowá vivem hoje em menos de 1% de seu território original. Sobre suas terras encontram-se milhares de hectares de cana-de-açúcar plantados por multinacionais que, juntamente com governantes, apresentam o etanol para o mundo como o combustível “limpo” e ecologicamente correto.
Sem terra e sem floresta, os Guarani Kaiowá convivem há anos com uma epidemia de desnutrição que atinge suas crianças. Sem alternativas de subsistência, adultos e adolescentes são explorados nos canaviais em exaustivas jornadas de trabalho. Na linha de produção do combustível limpo são constantes as autuações feitas pelo Ministério Público do Trabalho que encontram nas usinas trabalho infantil e trabalho escravo.
Em meio ao delírio da febre do ouro verde (como é chamada a cana-de-açúcar), as lideranças indígenas que enfrentam o poder que se impõe muitas vezes encontram como destino a morte encomendada por fazendeiros.
À Sombra de um Delírio Verde
Dê uma curtida na página no Facebook ↗ do filme!
Alternativa ao Youtube: https://vimeo.com/32542375 ↗
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Resistindo aos avanços do sindicato da morte, Theófilo não recua em uma luta pela Natureza e pelo direito de viver, seu e de sua comunidade
Cercados por grandes obras hidrelétricas e vivendo sem energia elétrica, a comunidade de Volta Grande do Xingu é o local de violências, grilagens de terra e desmandos autoritários realizados por donos de terras e grandes projetos públicos como a Usina Hidrelétrica de Belo Monte e agora a mineração de ouro da canadense Belo Sun.
Anapu é um município do Pará, local onde vive Erasmo.
É por lá que em 2005 a irmã Dorothy Stang foi assassinada brutalmente, crime ainda não esclarecido e silenciado por impunidades. Desde 2015 já foram assassinadas mais de 18 lideranças das comunidades.
Em 2017, após grande impacto provocado por Belo Monte, a região tinha a cidade mais violenta do país. Em 2019 foi palco do segundo maior massacre carcerário da história do Brasil.
E agora Erasmo Theófilo segue sofrendo tentativas abertas de homicídio por resistir e liderar a resistência comunitária pelo direito de existir.
A comunidade vive em um ambiente onde quem é pobre não passa fome graças a Natureza, como o próprio agricultor fala em uma de suas entrevistas:
“É um lugar em que as famílias, apesar de toda a tragédia, de toda a luta, da falta de política pública, conseguem sobreviver e prosperar respeitando a Natureza”
O agricultor Theófilo é presidente da Cooperativa da Volta Grande do Xingu e da Associação dos Moradores do Flamingo Sul, incentivando e cooperando também com esforços de comunidades que se organizam aos poucos com atenção plena por muitos anos, de modo muito efetivo.
Um bom exemplo dos esforços de sustentabilidade é que a comunidade iniciou, há 4 meses, uma campanha de captação de recursos com a intenção de instalar painéis de energia fotovoltaica e está bem perto de atingir seu objetivo.
Você pode conferir – e CONTRIBUIR – com a vaquinha aqui http://vaka.me/1128803 ↗
A maior preocupação atual não deveria ser Erasmo Theófilo conseguir sobreviver junto aos seus parentes.
Como ele mesmo diz no vídeo: acabar com a destruição intensificada durante a pandemia é também fundamental para sua existência
Não conhecemos o Theófilo, mas já dá para perceber o desafio que ele carrega e o respeito que a comunidade merece. Então com muita fé encampamos a campanha que permita que Theófilo não se transforme em mais uma camiseta de campanhas!
Quando as pessoas olham para a Amazônia, que vejam um território de pessoas que sofrem com tanta injustiça
A seguir uma listinha de links que foram fonte deste texto e servem para você aprofundar nos assuntos, conhecer redes e mídias éticas, que tratam de assunto SUPER importante com impacto direto na qualidade e disponibilidade das águas potáveis no mundo TODO
Entrevista na série Vozes que Resistem https://amazoniareal.com.br/erasmo-alves-teofilo-gado-nao-pode-valer-mais-do-que-gente/ ↗
Apelo recente da jornalista Eliane Brum https://fb.watch/_tWKVmdh1/ ↗
Matéria de 2019 da mesma Eliana Brum https://brasil.elpais.com/brasil/2019/11/15/opinion/1573820553_621324.html ↗
Entrevista de Theófilo no jornal ExtraClasse https://www.extraclasse.org.br/ambiente/2020/01/no-xingu-agricultor-jurado-de-morte-teve-de-sair-da-sua-cidade/ ↗
Revista Digital Amazônia Latitude https://amazonialatitude.com/2019/12/17/amazonia-centro-do-mundo/ ↗
Super cobertura da região no portal do ISA https://www.socioambiental.org/pt-br/noticias-socioambientais/amazonia-centro-do-mundo ↗
Textos antigos sobre a região do Movimento Xingu Vivo para Sempre https://xinguvivo.org.br/?s=volta+grande ↗
E não se esqueça de acompanhar e compartilhar a hashtag, porque com a Vida não pode haver esquecimentos
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Você já pensou como está a vida de pescadores e pescadoras em tempos de pandemia global?
Para responder a esta pergunta vamos utilizar os dados da Carta de Reivindicações da pesca artesanal do Brasil frente à pandemia do coronavirus ↗, por sinal primorosa.
Os pescadores e pescadoras artesanais são cerca de 1,5 milhão de pessoas e representam mais de 60% da produção dos pescados que chegam à mesa dos brasileiros, sendo que no Norte e Nordeste este número pode chegar a 75% do fornecimento de pescados.
São também a base de uma larga cadeia produtiva que abastece restaurantes, bares e a indústria alimentícia, dando energia para a indústria da produção de artigos náuticos e de gelo, além de formar a base do trabalho de parte daqueles que realizam o transporte de mercadorias.
Fundamentais né?
Estas pessoas fazem dos rios, estuários, manguezais e do mar os meios de produção de suas vidas, resistindo à especulação imobiliária e a chegada de grandes empreendimentos que colonizam nossos recursos hídricos, invarialmente trazendo danos ao ambiente coletivo e às sociedades tradicionais.
Além das pressões das iniciativas privadas, são constantemente eliminados de Políticas Públicas e dos programas de governo federais e estaduais relativos ao trabalho. Para que você tenha uma idéia, o Registro Geral da Pesca (RGP) está totalmente paralisado desde o ano de 2012.
Este registro, de responsabilidade do antigo Ministério da Pesca e Aquicultura, garante um registro profissional àqueles que fazem da pesca uma profissão, comercializando seus resultados do trabalho.
São mais de 600.000 (seiscentos mil) os registros cancelados, suspensos ou não entregues, o equivalente a mais de um terço dos profissionais economicamente ativos, causando inúmeras dificuldades ao exercício da profissão e garantia de direitos.
As pessoas e comunidades pesqueiras tradicionais são também constantemente afetadas pelos derramamentos de petróleo no litoral e outros crimes ambientais hídricos, como os rompimentos de barragens e suas consequências. Crimes que carregam em si a impunidade.
Além da ausência de Políticas Públicas específicas, as comunidades pesqueiras do País não possuem acesso adequado ao sistema público de saúde, assistência social, renda básica, segurança e dignidade no trabalho.
Então, com estes fatores, você já pode ter uma idéia de como é a vida destas pessoas em situação de alta vulnerabilidade socioambiental em tempos de pandemia, onde todos deveriam contar com o apoio social para a prevenção e atendimento em momentos de contaminação viral e comorbidades.
Visando a busca de solução para problemas pontuais e nacionais, uma série de entidades se unem em um trabalho coordenado e articulado em torno de exigências comuns. Se você não clicou no primeiro link deste texto, pode acessar a Carta Pública aqui ↗.
São 435 pessoas, organizações associativas e grupos sociais que assinam o documento, liderados pelo Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais do Brasil (MPP), a Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas e Povos e Comunidades Tradicionais Extrativistas Costeiras e Marinhas (CONFREM), a Articulação Nacional das Pescadoras (ANP) e a Coordenação Nacional de Comunidades Tradicionais Caiçaras ( RJ-SP-PR).
Dentre estes esforços, agradecemos ao Observatório dos Impactos do Coronavírus nas Comunidades Pesqueiras, que é uma organização associativa que se utiliza de suas tecnologias e redes para a preservação da Natureza à qual está imersa, além de proteger e desenvolver os saberes e as boas práticas da pesca artesanal.
O grupo, formado por pescadores e pescadoras de todo o país junto com cientistas e apoiadores da pesca artesanal, tem como sua principal função monitorar os impactos e discutir o enfrentamento ao covid19 nas comunidades pesqueiras. Produziu a Cartilha: O que os pescadores e pescadoras artesanais precisam saber sobre o Coronavírus (Covid-19)?
Você pode fazer o download da cartilha aqui no ÁguasML:
Leia atentamente, aprenda algo que talvez seja novo para você e compartilhe!
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A humanidade está em um contexto de crise global, vivenciando a pandemia do COVID-19 (coronavírus) que, infelizmente, tende a se agravar.
Ainda que na situação de urgência entre novos modos de viver, não há dúvidas que os Serviços de Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário e destino adequado aos Resíduos Sólidos devem ser considerados como Serviços Essenciais à Nação, deveras garantindo o acesso universal à água por todo cidadão brasileiro, um Direito Humano expresso na Lei Federal nº 11.445/2007.
Nosso objetivo com esta carta pública é apresentar uma nota de repúdio à exclusão dos itens VIII e IX, do parágrafo 1º, do Artigo 3º do antigo Decreto Nº 10.282 de 20/03/2020, o qual foi alterado pelo novo Decreto Nº 10.329 de 28/04/2020. Tais itens constavam que:
“Art. 3º As medidas previstas na Lei nº 13.979, de 2020, deverão resguardar o exercício e o funcionamento dos serviços públicos e atividades essenciais a que se refere o § 1º:
§ 1º São serviços públicos e atividades essenciais aqueles indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade, assim considerados aqueles que, se não atendidos, colocam em perigo a sobrevivência, a saúde ou a segurança da população, tais como:
(…)
VIII – captação, tratamento e distribuição de água; (Revogado pelo Decreto nº 10.329, de 2020)
(…)
IX – captação e tratamento de esgoto e lixo; (Revogado pelo Decreto nº 10.329, de 2020)”
Entre as principais medidas preventivas ao contágio, que se dá por meio da transmissão comunitária da doença, estão: a lavagem das mãos, a assepsia dos locais onde há trânsito de pessoas, a higiene pessoal, o descarte corretos dos diversos tipos de resíduos incluindo os hospitalares, entre tantas atividades que dependem diretamente das execuções e serviços que, caso não sejam realizados adequadamente, podem colocar a vida das pessoas em maior situação de risco.
Ressalta-se que a prática de higiene e lavagem das mãos é, comprovadamente, uma das medidas mais eficazes no combate à contaminação do COVID-19, sendo a principal recomendação da OMS e, inclusive, do Ministério da Saúde do Brasil.
É fundamental neste momento garantir o acesso à água a todos os cidadãos e seres vivos, pagadores ou não pagadores, indiscriminadamente. Seu fornecimento é medida imprescindível para conter a pandemia, reforçando que a água é um elemento fundamental para para uma vida digna e sobrevivência das espécies.
Fato é que tal medida adotada pelo Governo Federal coloca nosso país em risco, principalmente afetando a execução dos serviços realizados por prestadores de serviços em saneamento, onde cada titular poderá sofrer com interpretações equivocadas perante a nova regulamentação, com implicações legais e financeiras irremediáveis diante do cenário incerto que se formou com o novo decreto.
Neste sentido, diante dos Direitos Humanos e da Natureza, da defesa dos direitos individuais, coletivos e difusos, solicitamos apoio da Sociedade e exigimos que sejam adotadas medidas protetivas para o retorno dos Serviços de Abastecimento e Saneamento como Serviços Essenciais à Nação.
Sem mais, em busca da união neste momento de pandemias, aguardamos uma resposta ativa das entidades competentes.
Brasil, 29 de Abril de 2020
Associação Movimento Sócio-Ambiental Caminho das Águas
Associação ProAzul
Associação SOS Águas
Fawzia de Fátima Cardoso Gomes
Gabriel Menezes
Grupo Especializado em Tecnologia e Extensão Comunitária
Me. Artur Bonini
Me. Engenheira Juliene Rodrigues
Me. Silvia Shinkai
Porto Rural
Advogado Sandro Martins
Simbiose AgroFlorestal
TyBrasil
*Caso deseje ser signatária(o) entre em contato pelos comentários
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22 DE ABRIL
DIA INTERNACIONAL DA MÃE TERRA
Anos e anos de pressão, especialmente das insistentes mobilizações dos povos originários e da publicação da Carta da Terra no ano 2000, fruto de um processo internacional participativo com adesão de mais de 4.500 organizações da sociedade civil e organismos governamentais, levaram a ONU a declarar, em 2009, o dia 22 de abril como Dia Internacional da Mãe Terra.
Agora, no ano 2020, a celebração do Dia da Mãe Terra está sendo realizada com a humanidade vivenciando uma dura experiência de globalização: em meses, um denominado “novo coronavírus” está afetando todos os povos do Planeta. Levado pelos diversos caminhos do mercado, desde o do turismo até o de mercadorias, sua rápida capacidade de contágio só encontrou a estratégia de isolamento de todas as pessoas como medida capaz de diminuir a sua velocidade e evitar o colapso dos serviços públicos e privados de saúde.
O orgulhoso mercado globalizado experimentou seus limites e contradições, e hoje a economia capitalista, cultuada como um ídolo todo-poderoso, revira-se no esforço de prever o tamanho da sua queda.
As pessoas, contudo, estão refazendo o aprendizado de viver a partir de sua casa – ou da falta dela -, e com tempo para refletir sobre o sentido da correria, do desgaste e exploração a serviço do um crescimento econômico sem limite num planeta limitado, e num sistema que concentra riqueza em poucas mãos e multiplica inseguranças e miséria para a maioria da espécie humana.
De 2009 até hoje as grandes empresas, conglomerados monopolistas, operadores das commodities, mineradores, agronegócio, sistema financeiro e os governos subservientes aos seus interesses não mudaram suas práticas de se apropriar e de explorar à exaustão os bens naturais dos biomas, destruindo tudo o que podia ser transformado em lucro. Isso acelerou de modo especial o desmatamento da floresta da Amazônia e do Cerrado, e a maioria da população foi empurrada a viver em grandes cidades estruturalmente discriminadoras e racistas, sobrevivendo em favelas, sem direito garantido a trabalho, moradia e meio ambiente saudável.
Esses projetos desenvolvimentistas, que avançam sobre os bens públicos e comuns com a conivência e apoio do Estado, são responsáveis pelo agravamento das mudanças climáticas e pelo fracasso do controle das emissões de gases de efeito estufa. As consequências presentes são os desastres causados por secas, enchentes, ventanias, intrusão salina, rebaixamento dos lençóis freáticos, elevação do nível dos mares e outros eventos extremos, que no futuro tendem a se multiplicar e agravar na medida que o planeta aquece.
Os povos originários e comunidades tradicionais, ao contrário, consolidaram seus modos de vida fundados na compreensão de que a Terra é um ser vivo e fonte de vida, Pacha Mama, Mãe Terra. Contribuíram de forma decisiva para os avanços políticos que levaram o Equador a incorporar na sua Constituição, elaborada por uma Assembleia Constituinte Popular e aprovada por um Plebiscito nacional, um capítulo sobre os Direitos da Natureza, assim definidos:
A natureza ou Pacha Mama, onde se reproduz e realiza a vida, tem direito a que se respeite integralmente sua existência e a manutenção e regeneração de seus ciclos vitais, estrutura, funções e processos evolutivos. (Capítulo VII, Art. 71)
Da mesma forma, a Bolívia reconheceu estes direitos no Plebiscito de 2012 que aprovou a Lei da Mãe Terra. E, com certeza, há busca de novas práticas e novas relações com a natureza nas economias indígenas, quilombolas e de comunidades tradicionais, no crescimento dos plantios agroecológicos e agroflorestais, nas práticas de convivência com o Semiárido brasileiro e com os demais biomas, na economia popular solidária e em muitas outras iniciativas populares.
Precisamos reafirmar: já há práticas que demonstram ser possível estabelecer relações de convivência com os biomas e desenvolver, ao mesmo tempo, iniciativas de produção dos bens necessários à vida. É falso o dilema: ou manter o equilíbrio ecológico ou produzir o que a humanidade precisa. Primeiro porque a humanidade precisa, antes de qualquer outra coisa, de condições naturais favoráveis à sua existência: ar limpo, água pura, vegetações, flores, espaços agradáveis de encontro e de intercomunicação… Depois, já existem provas de que é possível produzir o que as pessoas e os demais seres vivos precisam – atenção: o que precisam – cultivando, trabalhando amorosamente com as energias da Terra, superando práticas de agro e hidronegócio, de extração de minérios e fontes fósseis de energia, isto é, de exploração cada vez mais intensiva dos solos, água e ar, usando produtos químicos para que as mercadorias garantam lucros crescentes.
Tendo por base as possibilidades construídas pelos povos e comunidades, e denunciando o caráter destrutivo das práticas empresariais e das políticas governamentais dominantes,as redes e entidades que subscrevem essa declaração pública assumem o compromisso de lutar, implementando mobilização nacional, em defesa dos direitos da Natureza, a nossa Mãe Terra. Ninguém, nem mesmo a totalidade dos seres humanos, somos donos, senhores da Terra. Ela, sim, é senhora da nossa vida. Como durante bilhões de anos se manteve viva e em evolução sem os seres humanos, certamente poderá continuar viva sem a presença da espécie humana. A humanidade, porém, só poderá continuar viva e ter direitos se reconhecer, defender e cuidar dos direitos da Mãe Terra.
É por isso que assumimos a defesa do direito da Mãe Terra à floresta e à sociobiodiversidade da Amazônia, bem como dos demais biomas, para ter condições de garantir equilíbrio hídrico em todo o território brasileiro e da América do Sul. Defendemos igualmente a obrigação dos seres humanos e do Estado brasileiro de parar definitivamente o desmatamento e os incêndios criminosos, assumindo a obrigação de restaurar a biodiversidade destruída, na Amazônia e em todos os biomas, para que a Terra possa garantir a geração de umidade e chuvas, como ela desenvolveu em seu processo evolutivo.
A crise humanitária gerada pelo Coronavírus prova que podemos viver de outra forma. Toda crise tem lições a nos ensinar. O isolamento social forçado nos obrigou a desacelerar o ritmo de vida. O desenvolvimentismo desenfreado, como se o planeta não tivesse limites, está em cheque. Esse é o momento para mudar o rumo da caminhada humana, reconhecendo, defendendo e cuidando dos direitos da Mãe Terra, para que a espécie humana seja de fato expressão consciente e amorosa da Mãe de todos os seres vivos.
Brasília, 22 de abril de 2020
ADESÕES
A adesão a esta Carta Pública continua aberta às entidades através do e-mail fclimaticas@gmail.com
Texto originalmente publicado em: https://fmclimaticas.org.br/carta-publica-pela-defesa-dos-direitos-da-mae-terra-e-pela-vida-da-amazonia-com-seus-povos/ ↗
O post Carta pública pela defesa dos Direitos da Mãe Terra e pela vida nas Florestas com seus povos apareceu primeiro em Águas Mídia Livre - Brasil.
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A água potável e o saneamento são essenciais para o controle da expansão do vírus COVID-19 pelo mundo. Aliás, acesso à água é um direito humano, básico para a garantia da qualidade de vida de qualquer processo social.
Há também a esperança que esta nova crise possa ser uma oportunidade para acelerar o desenvolvimento de estratégias de acesso à água potável e na adoção de medidas eficazes contra a escassez e inseguridade hídrica dos aglomerados no mundo.
Atualmente são 3 as pandemias reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS): a AIDS, a MERS e a COVID-19, ou corona vírus, como conhecida popularmente no Brasil. A OMS afirma que as rotas de contágio da COVID-19 são respiratórias ou por contato, não reconhecendo casos por transmissões hídricas.
É fato que poderíamos acrescentar outras distorções “pandêmicas” como o feminicídio, a fome, guerras por petróleo, abusos econômicos, desigualdades de oportunidades, violências aos povos originários, mineração desregrada, etc, mas focaremos aqui na crise mais atual, a COVID-19.
A seguir, relatamos uma pesquisa de Águeda García de Durango, editora chefe da iAgua ↗ e da Smart Water Magazine, que encontrou dados sobre ações governamentais quanto à água pelo mundo, adicionando oportuno.
Águeda realizou hoje (07/abril/2020) o seminário virtual “iAgua Webinar: El impacto de la COVID-19 en el sector del agua”. Se puder assista ao vídeo completo ao final dos textos e visite os links indicados, com certeza há muitos fatos hídricos relevantes não abordados.
Sempre aceitaremos sugestões e esperamos que estejam sadios e seguros nesta quarentena global.
O post Como a gestão das águas foi impactada pela COVID-19 nos continentes apareceu primeiro em Águas Mídia Livre - Brasil.